Universidade de Engenharia e Tecnologia - UTEC Nova Sede / Grafton Architects + Shell Arquitectos

Guardar no Meu ArchDaily

+ 38

Guardar no Meu ArchDaily

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para a nova sede da Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC) localiza-se em um terreno no distrito de Barranco em frente à orla Armendáriz, à avenida Almirante Grau, à rua Medran Silva e à rua Enrique Barrón. O projeto consta de placas estruturais de concreto armado perpendiculares à orla entre as quais se desenvolvem os diferentes ambientes do projeto como salas de aula, laboratórios, escritórios, jardins, etc. A geometria das placas estruturais com secção em 'A' e a composição dos volumes responde a busca do Grafton Architects por criar uma 'ladeira feita pelo homem', por criar uma topografia artificial que se integra ao entorno que a rodeia. O conjunto abriga, nos distintos níveis, áreas verdes para o uso do estudante e cria circulações interiores atrativas para o usuário.

A totalidade da edificação possui 10 pavimentos com uma área extensa de jardins no nível 06 e a cobertura do nível 09. As placas com secção em 'A' inclinam-se até a orla Armendariz enquanto em direção ao Barranco o conjunto é escalonado para integrar-se a escala das edificações no entorno.

Guardar no Meu ArchDaily

• Interação com a cidade de Lima;

A condição única de Lima é o ponto de origem do desenho. A dramática relação de Lima com o mar, as enormes inclinações que definem o limite entre a cidade e o mar, os vales verdes criando ao interior desde o mar até a cidade, todas estas características foram pontos de partida para o projeto. O terreno de UTEC é parte de um destes 'dedos' verdes que conecta o mar com a cidade. Dada esta localização, o projeto para o novo campus da UTEC está concebido como uma continuação das falésias na borda do mar, definindo claramente desta maneira sua nova localização.

Guardar no Meu ArchDaily

Ao norte, o terreno encontra um sistema de vias de alto tráfego mas também uma maior extensão da cidade. O projeto considera a fachada ao norte como uma das principais da proposta, visível desde a cidade que rodeia, do fluxo veicular e desde este ponto busca-se consolidar a imagem da universidade na mente no público.

Guardar no Meu ArchDaily

Jardins escalonados;

Enquanto a fachada ao norte atua como uma 'inclinação' ou 'ombro' a uma cidade em rápido movimento, a fachada ao sul se escalona em uma série de jardins que buscam integrar-se com a escala urbana de menor altura desta parte do Barranco. Desde o primeiro nível até a varanda no ponto mais, se tece o paisagismo através de todo o edifício. O projeto representa a evidente sobreposição entre o criado pelo homem e o orgânico. A entrada de luz natural é enredada através da secções. O paisagismo do campus é cuidadosamente definido em relação a umidade do ambiente, com árvores de maior altura sobre o terreno natural; árvores de menor secção sobre as salas de aula e uma espécie de deserto de pedras é proposto para o nível da varanda. O paisagismo é integrado ao desenho da fachada sul para criar a percepção de que esta fachada, voltada ao bairro Barranco, seja um jardim vertical.

Guardar no Meu ArchDaily

Intimidade dentro de uma moldura educacional;

UTEC, a universidade de Engenharia e Tecnologia é um novo campus o qual integra uma escola de pós-graduação e um centro cultural. O projeto conta com um auditório, laboratórios de pesquisa, salas de aula, escritórios de pesquisa, uma biblioteca, salas de reuniões e áreas sociais as quais incluem um teatro aberto ao público, uma sala de cinema, espaços para exibição, uma cafeteria e um restaurante. Localizado em um terreno voltado à uma via rápida como a Avenida Armendariz e à uma escala residencial do bairro de Barranco, o projeto propõe uma estrutura de escala para enfrentar a avenida, como uma contrastante série de jardins escalonados até a área urbana de menor escala do bairro. A circulação pública da edificação ocupa os volumes e espaços até a avenida com uma dramática relação com a cidade e o mar. Em contraste aos ambientes de ensino são orientados até os jardins e terraços que estão voltados ao bairro.

Guardar no Meu ArchDaily

Interação social, espacial;

Educacionalmente, esta estrategia vertical em camadas conecta o terreno com o céu. Os ambientes públicos culturais da universidade, o teatro e cinema na base da 'parte inclinada', marcando o perímetro até a avenida. A estes ambiente se acessa desde o espaço público principal no nível 1 e estes ambientes junto a cafeteria buscam incentivar a interação social cultural com um vasto público.

Guardar no Meu ArchDaily

O centro de informação ao estudante e escadas centralizadas animam ainda mais o espaço de acesso principal. Um grande corredor voltado a esta entrada e ao oeste em direção aos terraços e mar. Os laboratórios especiais não estão escondidos, enterrados, mas se encontram em uma vitrine como espaços de exibição, posicionados no coração do projeto, envoltos pelo movimento diário do campus, central ao espírito da educação.

Guardar no Meu ArchDaily

Os volumes de maior escala encontram-se localizados próximos ao solo, com as áreas de ensino, administração e escritórios escalonados para professores nos níveis superiores. Nos níveis superiores próximos à cobertura encontra-se a biblioteca a qual goza de vistas panorâmicas da cidade e do mar. O nível +6, junto ao primeiro nível e o teto também foram considerados como áreas de grande importância social. Este nível possui áreas livres de generosas dimensões, de laboratórios de grandes dimensões com cafeterias nos espaços sociais e paisagismo nos terraços.

Guardar no Meu ArchDaily

Enquanto se ascende aos distintos níveis, a relação com a cidade continua. Toda a sequencia de movimentos provem de imagens emolduradas fora dos limites do terreno até horizontes mais amplos. O 'nariz' ou a 'proa' do campus se orienta ao mar.

Guardar no Meu ArchDaily

Resposta climática;

O hall principal de circulação em direção a avenida e a cidade se beneficia da orientação ao sol e ao mesmo tempo protege os ambientes educativos do ruído que produz a avenida. A parede em direção à avenida se faz mais sólida com a presença de elementos como 'vigas', ocupados por espaços que voltam-se às áreas de circulação.

Guardar no Meu ArchDaily

Os terraços de ensino e a vegetação criam um microclima permitindo ambientes agradáveis de reunião e repouso nos terraços e áreas de circulação resguardadas. A secção escalonada cria sombra aos espaços públicos e áreas de ensino no verão, permitindo que a luz natural penetre no interior da edificação durante o inverno. Foram trabalhados com estudos de iluminação para garantir um correto nível de luz natural durante os dias nublados. 

Guardar no Meu ArchDaily

Todos os laboratórios, salas de aula e ambientes de ensino possuem ventilação cruzada. A massa térmica estrutural exposta será utilizada pra resfriar como para retardar a transferência de calor durante os dias mais calorosos. A localização e o uso do conjunto fazem do projeto um marco urbano.

Guardar no Meu ArchDaily